sexta-feira, 13 de abril de 2012

EU DIGO SIM A VIDA E VOCÊ ?


Aborto de anencéfalos: grupo comemora decisão

O grupo soltou balões roxos, simbolizando a liberdade de escolha da mulher sobre o aborto de fetos sem cérebro.


Atualizado emquinta-feira, 12 de abril de 2012 - 22h03. Acessado em 13/04/2012, as 09:50).




Por mais que eu compreenda o quanto é importante a liberdade de expressão, de escolhas, respeito as diferenças e a diversidade, eu não consigo entender o que se comemora com a legitimação da setença de morte de inocentes que, diferente do que também a legislação garante, não terão direito a defesa (ampla defesa? Inocentes até que provem o contrário?). São condenados a morte por qual crime?

Não, eu não gostaria e nem autorizo ninguém a falar por aí em meu nome, como mulher, como se eu estivessse satisfeita em "adquirir o poder autorizado de matar". Essa escolha não é para mim, que aprendi desde muito cedo a respeitar todas as formas de vida, em todas as circunstâncias.


Justificar o aborto, mesmo nesses casos, por serem "nove meses difíceis que a mãe passa e, depois, tem a dor da família com a perda do bebê" é um olhar unilateral. Entendo e me sinto solidária a todas as familias e sobretudo às mães que têm seus filhos com graves problemas de saúde. Conheço algumas que passaram momentos dificeis, acompanharam seus filhos/as em todos os momentos e nem por isso os castigaram por sua dor, condenando-os a morrer antes da hora.

Como é isso? As mães não podem sofrer e por isso optam pela morte do filho? Dizem que é uma morte anunciada, então é lícito matar antes que morra? Eu só não sei quem de nós vai viver essa vida humana para todo o sempre. Não somos todos mortais? Quem serão os próximos a serem considerados estorvo e que deverão ser eliminados para evitar o sofrimento de outros? Será a vez das crianças com as mais diversas sindromes? Quem sabe os idosos, doentes terminais ou ainda os dependentes quimicos? Ah! Esses também trazem muito sofrimento!

Impressiona o fato dos defensores do aborto não conseguirem olhar a vida intra-uterina, percebendo ali uma pessoa humana no início da sua existência, em toda a sua fragilidade. Sem voz nem vez, lhes resta esperar que outros decidam sobre a continuação da sua existência!

Ontem conheci o bebê de uma Maria de 20 anos, pela ultra-sonografia. Dois meses de gestação. Essa jovem me apresentou um filho, não um detalhezinho qualquer. Perguntei a ela se soubesse que o filho tinha algum problema grave, se ela o tiraria. Pensativa me perguntou: você fala assim, alguma deficiência, um problema de saúde...? Confirmei que sim e ainda acrescentei: se fosse algo que ela pudessse perdê-lo logo ou desse muito trabalho para criar? Veio a resposta com sorriso sereno, sem titubear: Não, mulher, não teria coragem não.
Ah! Essa é estudante!

Uma outra estudante (na mesma reportagem citada) também comemorando
a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal)
reproduz o que algumas mulheres repetem: “A mulher conquistou um direito sobre seu corpo. É ela quem deve decidir se vai dar à luz aquela criança”. Ok! O corpo de fora é da tal mulher e de quem é o corpinho que está crescendo dentro dessa mulher? É propriedade dela, por isso cabe a ela decidir se vive ou não? No caso de optar pela morte, já que é uma extensão do seu corpo, a mulher decide morrer junto? A mulher conquistou um direito sobre seu corpo e a criança, quando terá direito sobre o seu?

Fico pensando se essas pessoas gritam pela "mãe natureza", pela vida dos micos leões, cachorrinhos abandonados e etc. Há coerência nisso?

É... o que parece liberdade para uns, resulta em arbitrariedade para outros.
Eu digo sim à vida e sei que a morte natural é consequência da nossa finitude. Não precisamos ir atrás dela, pois certamente ela chegará um dia para todos nós.
Também acredito que não há amor maior do que dar a vida por alguém. Mas para isso é preciso aprender a olhar mais para frente, para os lados e menos para o próprio umbigo.

Imagem: google


3 comentários:

Unknown disse...

Muito bom o artigo, também digo sim a vida, acredito que a liberdade sexual e os direitos das mulheres não perpassam pela descriminalização do aborto, mas pela efetiva garantia de igualdade de direitos e de acesso a políticas públicas.

Unknown disse...

“Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto da criança inocente – assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?…”

Madre Teresa de Calcutá

Unknown disse...

“Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto da criança inocente – assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?…”

Madre Teresa de Calcutá