Em cena, um ancião e um menino. Platéia lotada. Todas as atenções voltadas para aquele instante mágico. É o auge da apresentação.
O diálogo entre aqueles dois personagens parece indicar o último ato. Ou seria o começo?
_ Puxa, como andei nesses últimos tempos! – comentou o ancião, olhando o caminho que ficara para trás dos seus pés cansados.
_ É, mas ainda falta tanto... – retrucou o menino, olhando ansioso para a estrada que se abria a sua frente.
_ Muita coisa eu pude ver durante essa jornada – disse o ancião com ar pensativo – Homens brigando...
_ Mas também havia aqueles que evitavam, dialogando – retrucou o menino.
_ Pessoas doentes...
_ E aquelas que as cuidavam.
_ Jovens drogados...
_ Como também jovens que conseguiram retornar aos estudos, entrar na faculdade ou começar o primeiro emprego.
_ Tantos desempregados: pais, mães...
_ Mas pessoas solidárias também, dividindo um pouco do que têm para amenizar a dor do outro.
_ E as guerras, a fome, a violência ...
_Homens, mulheres, crianças, povos de todos os cantos do mundo se uniram num eco poderoso de desejo de PAZ, JUSTIÇA, FRATERNIDADE, AMOR.
_ Talvez eu fique por aqui, menino. – disse o ancião sentando-se à beira do caminho – É tarde e o sol já se esconde. Logo chegará a escuridão.
A vida não é um palco, mas você pode estar “encenando atos” ou sendo apenas uma “platéia”, às vezes atenta, outras nem tanto.
O que temos é somente o agora. O antes é alicerce para que, no agora, se construa o depois. Como será o amanhã? Como queremos o novo ano? Comecemos a construí-lo já.
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