domingo, 8 de junho de 2008

Eu e as crônicas ou de quando me achei nas crônicas

Eloiza Marinho
_ Me ensina a escrever uma crônica? – pedi, assim, sem mais nem menos.
_ O quê?!
_ Eu quero aprender a escrever crônicas – repeti, decidida a prosseguir no meu intento.
_ Primeiro, não se diz “me ensina”, mas “ensina-me”. Depois... De onde você tirou essa
idéia? – retrucou Janete, estranhando tal solicitação.
_ Gosto de ler crônicas: da sua criatividade, da inteligência com que os autores lidam com os
temas, do bom humor que elas contêm...
_ Só isso? – disse-me desconfiada. – Pensei que tivesse “coisa mais séria” para se fazer nesse
Programa de formação continuada de professores, o ARCO.
_ Por isso mesmo... O ARCO me faz ter essas idéias (ou “faz-me” ter esses desejos?)... Quero
aprender como se faz para escrever as crônicas – insisti.
_ Não sei não... É algum tipo de brincadeira?
_ Claro que não! Estou pensando seriamente: Por que não exercitar a escrita de crônicas?
Tenho lido Rubem Braga, Sabino, Drummond, Paulo Mendes Campos... Gosto ainda do Cony, Arnaldo Jabor, entre outros que tenho acesso.
_ Bem, se é o que diz... Já pensaste em algum tema? Sobre o que gostarias de falar?
_ Não sei exatamente... Sobre a escrita? A leitura? As dificuldades de ser um escritor? Quem
sabe... “O escritor que existe adormecido em cada um de nós!”
_ Acho bom leres algo mais sobre isso. – disse-me entregando um papel que tirara da pasta que
carregava consigo.
_ ...“Da descrição, a crônica tem a sensibilidade impressionista; da narração, a imaginação
(para o humor ou a tensão); e da dissertação, o teor crítico...” Puxa! Eu só queria mesmo era aproveitar de modo inteligente meu senso de humor!!!!!

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