sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Qualidade: vida na 3ª idade?

Eloiza Marinho












Quando criança, todos diziam:
“Ai, que amorzinho!”

Já adolescente:
“Puxa! Como é esperto!”

Enquanto jovem:
“Nossa! Como cresceu. É tão inteligente!”

Depois, adulto:
“Seu nome é trabalho, sobrenome eficiência!”

Agora que é velho,
já quase nem se lembra o último elogio que ouviu
ou mesmo um pequeno gesto de admiração que alguém lhe fez.
Ficara invisível!

Os filhos, a família, o rejeitam:
“Vai pro quartinho dos fundos.”

Os netos ignoram:
“Pô! Eles ainda estão aqui?”

Trabalho já não encontra,
mas despesa, sim. E muitas!

A sociedade o contabiliza como prejuízo, défict.
E então, o encostam.
Torna-se sinônimo de “encosto”, incômodo, peso morto,
doença, tristeza, abandono...
Só a pequena aposentadoria é que serve...
para algum “esperto” da família.

Esquecidos da família.
Esquecidos da sociedade.
Esquecidos da vida.
São nossos idosos!
Ainda pleiteando vagas nos subempregos
para manter famílias: filhos, netos...

Excluídos da vida, da sociedade, das suas famílias,
Só querem sobreviver,
Terminar de viver!
E o que nós oferecemos?


Imagem: http://www.correioregionalnews.com.br/fotos/idoso(1).jpg

Um comentário:

Anônimo disse...

Você, como sempre, é brilhante!
Parabéns pelo Blog. Tenho lido sempre que posso.
Um grande e saudoso abraço.
Balduino